Ainda que não se possa falar de feudalismo em Portugal no seu sentido mais acabado como noutros países além-Pirenéus, não se poderá deixar de classificar de "feudal" a sociedade medieval portuguesa. Se o não era na plenitude, era-o estruturalmente e em termos teóricos. No plano estrutural, compunha-se essencialmente dos três grandes segmentos típicos da sociedade feudal: nobreza, clero e povo, englobando também as minorias étnicas (Judeus, Muçulmanos e estrangeiros). Por outro lado, a sociedade medieval portuguesa apresentava também formas feudais típicas, bipolarizadas pela existência dos senhores e dos trabalhadores, estes muitas vezes reduzidos à servidão.Os senhorios eram de dois tipos, essencialmente: laicos (honras e reguengos) e eclesiásticos (coutos). Os proprietários destes senhorios (os senhores) detinham a autoridade plena e jurisprudência própria nos seus domínios e servidores, assumindo-se como autênticos poderes locais quase sempre em rota de colisão com as pretensões centralizadoras dos monarcas. Estes tinham também os seus próprios senhorios, os reguengos, com servos e trabalhadores próprios.Quanto aos trabalhadores, estes tinham várias categorias, que se agrupavam em dois tipos essenciais: os livres e os não-livres.
Fonte: http://www.infopedia.pt (excerto, ver texto completo aqui)
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